Oración , Preghiera , Priére , Prayer , Gebet , Oratio, Oração de Jesus

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CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:
2666. Mas o nome que tudo encerra é o que o Filho de Deus recebe na sua encarnação: JESUS. O nome divino é indizível para lábios humanos mas, ao assumir a nossa humanidade, o Verbo de Deus comunica-no-lo e nós podemos invocá-lo: «Jesus», « YHWH salva» . O nome de Jesus contém tudo: Deus e o homem e toda a economia da criação e da salvação. Rezar «Jesus» é invocá-Lo, chamá-Lo a nós. O seu nome é o único que contém a presença que significa. Jesus é o Ressuscitado, e todo aquele que invocar o seu nome, acolhe o Filho de Deus que o amou e por ele Se entregou.
2667. Esta invocação de fé tão simples foi desenvolvida na tradição da oração sob as mais variadas formas, tanto no Oriente como no Ocidente. A formulação mais habitual, transmitida pelos espirituais do Sinai, da Síria e de Athos, é a invocação: «Jesus, Cristo, Filho de Deus, Senhor, tende piedade de nós, pecadores!». Ela conjuga o hino cristológico de Fl 2, 6-11 com a invocação do publicano e dos mendigos da luz (14). Por ela, o coração sintoniza com a miséria dos homens e com a misericórdia do seu Salvador.
2668. A invocação do santo Nome de Jesus é o caminho mais simples da oração contínua. Muitas vezes repetida por um coração humildemente atento, não se dispersa num «mar de palavras», mas «guarda a Palavra e produz fruto pela constância». E é possível «em todo o tempo», porque não constitui uma ocupação a par de outra, mas é a ocupação única, a de amar a Deus, que anima e transfigura toda a acção em Cristo Jesus.

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O conhecido teólogo e hieromonge (monge - sacerdote) Gabriel Bunge : A Tradição não é como um antigo folclore que deve-se nutrir e manter artificialmente . Não! A tradição para esses católicos é o meio pelo qual, em cada época se garante o contato pessoal com o Cristo Vivo, sendo então todos os dias de uma vida colocados nas mãos de Deus.

A luz das origens : Monge e Teólogo Católico se converte a Ortodoxia. Parte 1




Um eremita católico convertido à ortodoxia 

O conhecido teólogo e hieromonge (monge - sacerdote) Gabriel Bunge, raramente dá entrevistas. 

Ele leva uma vida de eremita em uma pequena Skete na Suíça, nunca usa a Internet, e os único meio de comunicação com ele é o telefone, que na verdade é uma cabine de telefone que não fica muito proxímo dos locais nos quais o monge vive o seu dia a dia. 
Contudo, o Monge concedeu uma entrevista  a Konstantin Matsan do informativo ortodoxo FOMA.
A razão da entrevista ? No dia 27 de agosto de 2010, Padre Gabriel se converteu a Santa Ortodoxia, sendo oriundo do Catolicismo Romano. 
Passamos aqui a reproduzir na sequencia a entrevista, na qual Monge Gabriel relata as razões para a sua decisão e sobre muitos outros tópicos. 

" Nós somos como uns esquisitões "

Repórter :  Se alguém sai  de uma tradição cristã e busca outra, isso deve significar que tal pessoa sentia que faltava alguma coisa de

Hieromonge Gabriel : Sim. E se esta pessoa fez tal escolha aos setenta anos de idade, como eu, esta decisão não pode ser considerada como precipitada, pode? 

Repórter : Não, de fato não. Mas o que lhe faltava, sendo um monge com  uma grande experiência espiritual? 

Hieomonge Gabriel : Para tratar disso tenho que falar não de uma decisão, mas sim de toda uma jornada de vida, com a sua lógica interna: em um ponto este evento aconteceu , mas ele estava sendo preparado por toda a vida.
Como todos os jovens, eu estava procurando meu caminho na vida, por assim dizer. 
Entrei na Universidade de Bonn e comecei a estudar filosofia e teologia comparativa. Não muito antes disso, eu tinha visitado a Grécia, e passei dois meses na Ilha de Lesbos. Foi lá que eu vi um verdadeiro Ancião monge ortodoxo pela primeira vez. 
Nessa tempo, eu já estava interiormente  atraído para o monaquismo e tinha lido alguma literatura ortodoxa, incluindo fontes russas. Isso me impressionou ainda mais quando vi o Ancião. Ele se tornou a encarnação 
do monásticismo que eu tinha encontrado antes apenas nos livros. 
De repente, na minha frente, eu vi uma vida monástica que desde o início parecia ser autêntica, verdadeira, a mais próxima da praticada pelos primeiros monges cristãos. Depois pude manter contato com esse Ancião por toda a minha vida toda. Então, eu tinha comigo um ideal de vida monástica. 
Quando voltei para a Alemanha, entrei para a Ordem de São Bento, que parecia ser o mais próximo de minhas aspirações. A estrutura da própria Ordem é semelhante ha aquilo que ocorria no início da Igreja Cristã. Na Ordem, não há sistema vertical de subordinação, pois cada comunidade existe por conta própria. O que garante a união das comunidades é a tradição e o Typicon da Igreja.
 Ou seja: Não é a ordem jurídica, mas o ideal espiritual que consolida a unidade. 
A propósito, nesse sentido eu acho que são os Beneditinos, de todos os crentes ocidentais,  aqueles que estão mais preparados para compreender os crentes ortodoxos, com mais intensidade. 
Contudo, meu Pai Espiritual e eu mesmo posteriormente, percebemos que a minha noção a respeito do idela monástico, minhas leituras sobre o monaquismo oriental , o meu amor pelo Oriente, e minha percepção sobre o Cristianismo de forma geral  eu não encontrava lugar nesta ordem.
 Portanto, o abade, um idoso e experiente homem, a qual eu oferto toda honra, decidiu transferir-me para um pequeno mosteiro na Bélgica, e então parti sem pensar duas vezes. 
Passei 18 anos lá, adquiri grande experiência, e de lá, tendo bênção para tal, fui para uma Skete(Um monastério para um ou poucos monges) na Suíça. Todas essas transferências foram causadas por uma razão: a tentativa de progresso rumo a uma vida monástica autêntica, como era com os primeiros Cristãos, como era a vida daqueles cristãos que eu vi na Europa Oriental.
E assim, posso dizer que a minha conversão a Ortodoxia foi apenas o mais  recente passo nesse caminho. 

Repórter : Mas por que você decidiu dar esse passo ? Pois pode-se amar Ortodoxia com todo o coração e ficar dentro de uma ala mais tradicional do Catolicismo Romano. Há muitos exemplos assim no Ocidente. 

Hieromonge Gabriel : Sim, muitas pessoas que são atraídas para a Ortodoxia, se mantem vinculados a Igreja Católica. 

E isso é normal. Na maioria das catedrais ocidentais existem ícones ortodoxos. Na Itália, há escolas profissionais de pintura de ícones ministradas por especialistas russos e de outros centros ortodoxos. 
Mais e mais crentes na Europa estão interessadas hoje em hinos Bizantinos, e mesmo os tradicionalistas da Igreja Católica tem sido visto descobrindo a hinografia bizantina. É claro que eles não os utilizam durante o culto divino na igreja, mas fora dela sim, como em shows. A literatura ortodoxa é traduzida em todos os países europeus e os livros são publicados nas principais editoras católicas. 
Em suma, no Ocidente, realmente não está perdido o interesse pelo autêntico cristianismo que a tradição oriental tem preservado. 
Mas, infelizmente tal forma de interesse não muda nada na vida real das pessoas e na sociedade em geral. 
O interesse na Ortodoxia é mais cultural. E os desgraçados como eu que tem um 
interesse espiritual na Ortodoxia, são severamente minoritários.
 

Nós somos como uns esquizitões, nós raramente somos compreendidos. 


"Saber sobre as origens das coisas " 
Repórter: Como teólogo, você tem falado muitas vezes sobre o problema do Ocidente e sobre a separação do Oriente. Podemos dizer que a sua conversão à ortodoxia é o resultado de sua meditação sobre este tema? 

Hieromonge Gabriel: Quando eu estava na Grécia e comecei a migrar  no sentido do Cristianismo Oriental, comecei a perceber como muita dor, a questão do  cisma entre o Oriente e o Ocidente. 

Tal tema deixou de ser uma teoria abstrata ou uma trama sobre a  história da Igreja descrita em um livro, mas sim algo que estava afetando diretamente a minha vida espiritual. É por isso que a conversão à ortodoxia começou a parecer um passo muito lógico. 
Na juventude, eu sinceramente esperava que a união do Ocidente e do Cristianismo Oriental fosse possível. Eu estava esperando por ela acontecer com todo meu coração. E eu tinha alguns motivos para acreditar nela. No Concílio Vaticano II, havia observadores da Igreja Ortodoxa Russa, incluindo o atual Metropolita de São Petersburgo e Ladoga Vladimir (Kotlyarov). 
Naquela época o Metropolita Nikodim (Rotov) foi muito ativo nos assuntos internacionais. E muitas pessoas achavam que as duas Igrejas se moviam para eventualmente se encontrarem em um ponto comum. 
Era o meu sonho que estava se tornando mais e mais real. Mas com o tempo, fui envelhecendo e aprendendo algumas coisas mais profundas, deixei de acreditar na possibilidade de uma reconciliação das duas Igrejas no que diz respeito aos Serviços Divinos e unidade institucional.
 O que então eu poderia fazer? Só me restava  ir na busca por esta unidade em mim mesmo, individualmente, restaurá-la em uma alma separada, a minha . Eu não poderia fazer mais. 
Eu apenas segui a minha consciência, e nela veio a Ortodoxia. 
 

Repórter: Não é muito radical a sua opinião? 

Hieromonge Gabriel: Ainda na Grécia, sendo católico, eu percebi que foi o Ocidente que se separou do Oriente, não o contrário. Naquele momento, tal constatação era impensável para mim. Eu precisava de tempo para entender e aceitar isso. Não posso culpá ninguém, é claro que eu não posso! Estamos falando de todo um grande processo histórico, e nós não podemos dizer que esta ou aquele pessoa é a culpado por isso. Mas os fatos são fatos: o que  chamamos de Cristianismo Ocidental hoje em dia,  nasceu como uma cadeia de rupturas com o Oriente. Estas rupturas foram a reforma gregoriana, seguido da separação das igrejas na Século XI, em seguida, a Reforma no século XV, e finalmente, o Concílio Vaticano II, no século XX. Este é, certamente, um posição muito dura, mas  acho que é a mais correta sobre o todo em questão. 

Repórter: No entanto, existe uma leitura, no qual se determina que essas rupturas são fruto de um processo histórico normal , porque qualquer fenômeno social (e a Igreja Cristã não é excepção), vai  se consolidar através dos seus estágios de desenvolvimento. Qual é a tragédia então? 

Hieromonge Gabriel : A tragédia está nas pessoas. Em uma situação radical, quando há acontecimentos revolucionários, as pessoas acabam a dividir a percepção da vida através  de  'antes' e  'depois'. 
Então os revolúcionarios passam a querer contar a história apenas a partir deste novo ponto, como se tudo o que aconteceu antes não tivesse qualquer importancia. 
Quando o Protestantes proclamaram  a Reforma, eu não acho que eles soubessem que tal ação levaria à separação da Igreja Ocidental em dois grandes campos. Eles não vislumbravam isso, eles só agiram. 
E então, começaram a dividir os que estavam à sua volta, como existindo o sadios - aqueles que aceitaram Reforma - e os insalubres, os doentes - os Seguidores do Papa. 
Além disso, a história se repete: o mesmo aconteceu agora em torno do Concílio Vaticano II na Igreja Católica Romana. Há pessoas que não aceitam as decisões do Concílio, e há as pessoas que o consideram como uma espécie de novo ponto de partida. 

Repórter : Qual é a sua opinião sobre os humores liberais entre os Católicos modernos? 

Hieromonge Gabriel : Estou muito feliz por ter a oportunidade de abordar este temas para o público russo e dizer que você não deve reduzir todos os católicos a um único nível. 
Entre eles há sim de fato os que  são mais seculares, mais liberais. É isso não significa que  são criminosos, é apenas o ponto de vista deles sobre a vista.
Há outros também  que são completamente dedicados à tradição. Eu não os chamaria de tradicionalistas, porque a Tradição em si não é tão importante para eles. A Tradição não é como um antigo folclore que deve-se nutrir e manter artificialmente . Não! A tradição para esses católicos  é o meio pelo qual, em cada época se garante o contato pessoal com o Cristo Vivo, sendo então todos os dias de uma vida colocados nas mãos de Deus. 
Repórter : E  qual deve ser a nossa atitude para aqueles que não são muito dedicados a tradição? 

Hieromonge Gabriel: Não devemos os constranger e é claro que nós não devemos persegui-los. Qua
lquer pessoa é merecedora da misericórdia cristã. 
Se eu, sendo um ortodoxo, vejo uma pessoa Católica em uma igreja ortodoxa, eu gostaria de abordar essa pessoa  e dizer-lhe abertamente, suavemente, e confidencialmente: 
"Ouça, irmão, talvez você goste de saber que no início, todos nós faziamos o Sinal da Cruz desta forma: a partir de direita para a esquerda. Agora tudo mudou. Não, eu não estou o convidando a reconsiderar toda a sua vida e correr para o Igreja Ortodoxa. Eu só quero que você  possa saber sobre as origens das coisas."



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